domingo, 11 de agosto de 2013

MIGUEL ARNILDO GOMES (apreciando um mate)

Vai Meu Canto

Meu canto que brota do peito gerando poesias
Imagens que se irradiam a formar matizes
Nos versos mais tenaz e belos que se pronuncia
O canto moderado e brando nos torna felizes.

Meu canto é a própria alma que do ventre gera
Da terra tão serena e bela qual luzir de aurora
Resquícios de um alvorecer da nova primavera
Poema afluído e vago que chegou outrora.

Vai meu canto, versos meus, onde trilhando
Por recantos e universo, chega meus versos
Ao encontro com meu Deus.

Um dia quando chegar no fim de minha idade
Esta será também a minha ultima aspiração
Que eu possa para o eterno rei da divindade
E para os anjos entoar esta canção.

O mundo foi feito pra todos e sem distinção
Conduziremos como missão a nossa cruz
Perdoando a todos, amando a deus e nossos irmãos, nós chegaremos ao encontro com Jesus.

Poesia de Miguel Arnildo Gomes

(Vô Miguel)

Opor-se à Razão

Ser vencedor é alcançar glórias
Acolher louros de vitórias
Sem desmerecer a quem ficou para trás
Pelo que se deduz e se satisfaz
A respeitar sempre o seu oponente
Quando a usar lucidez e ser transparente
Pois quem se envaidece torna-se enfatuado.
A ser menos merecedor do triunfo que lhe pertence.
Nesta fascinante competição quem apenas vence
É quando a humildade supera o egoísmo
Quando a razão não da espaço ao fideismo
Nesta rivalidade que se promove a esmo
Quando o mundo inteiro gira em torno de si mesmo
Ao haver clamor, torna-se o ganhador
Um esdrúxulo e eterno derrotado.

Poesia de Miguel Arnildo Gomes

(Vô Miguel)

O Tempo


O tempo cruza tão depressa sem deixar rebentos
Deixando apenas amor, dor, mágoas, e sofrimentos
Como vestígio de uma existência que o próprio tempo apagou,
Como replica incontestável de uma vida que se evidenciou,
Onde se vive apenas na desilusão e na dor da saudade,
Onde incessantemente se corre atrás da dita dona felicidade,
Que se é que ela realmente existe, jamais alguém um dia a encontrou.

O tempo cruza tão depressa como um furor de vento
Como um bando de pássaros migrantes em movimento,
Como um corisco que correu no espaço riscando o universo,
Ou uma vaga ilusão que viajou pelos confins sem colher sucesso,
Cruzando por oceanos, vales, marcos, gerações
De onde talvez se busque inspiração para muitas canções,
Queimando o encanto da poesia pelo calor do próprio verso.

Talvez ainda o eco do tempo se espalhe pelas distancias,
A conduzir silencio ou a produzir sons em mágicas ressonâncias,
Na razão de se poder viver e ver o tempo passar
Que o planeta terra existe não se pode questionar
Buscando razões, verdades, mentiras ou critérios.
Mas o mistério do tempo é mais um grande mistério
Que só ele mesmo nosso poderoso Deus a nós pode explicar.

Miguel Arnildo Gomes