MIGUEL ARNILDO GOMES (apreciando um mate)
Este blog contem publicações de Miguel Arnildo Gomes (falecido em 19 de janeiro de 2021) e é gerenciado por Tayoná Cristina Gomes, sua neta
domingo, 11 de agosto de 2013
Vai Meu Canto
Meu canto que
brota do peito gerando poesias
Imagens que
se irradiam a formar matizes
Nos versos
mais tenaz e belos que se pronuncia
O canto
moderado e brando nos torna felizes.
Meu canto é a
própria alma que do ventre gera
Da terra tão
serena e bela qual luzir de aurora
Resquícios de
um alvorecer da nova primavera
Poema afluído
e vago que chegou outrora.
Vai meu
canto, versos meus, onde trilhando
Por recantos
e universo, chega meus versos
Ao encontro
com meu Deus.
Um dia quando
chegar no fim de minha idade
Esta será
também a minha ultima aspiração
Que eu possa
para o eterno rei da divindade
E para os
anjos entoar esta canção.
O mundo foi
feito pra todos e sem distinção
Conduziremos
como missão a nossa cruz
Perdoando a
todos, amando a deus e nossos irmãos, nós chegaremos ao encontro com Jesus.
Poesia de
Miguel Arnildo Gomes
(Vô Miguel)
Opor-se à Razão
Ser vencedor
é alcançar glórias
Acolher
louros de vitórias
Sem
desmerecer a quem ficou para trás
Pelo que se
deduz e se satisfaz
A respeitar
sempre o seu oponente
Quando a usar
lucidez e ser transparente
Pois quem se
envaidece torna-se enfatuado.
A ser menos
merecedor do triunfo que lhe pertence.
Nesta fascinante
competição quem apenas vence
É quando a
humildade supera o egoísmo
Quando a razão
não da espaço ao fideismo
Nesta
rivalidade que se promove a esmo
Quando o
mundo inteiro gira em torno de si mesmo
Ao haver
clamor, torna-se o ganhador
Um esdrúxulo
e eterno derrotado.
Poesia de
Miguel Arnildo Gomes
(Vô Miguel)
O Tempo
O tempo cruza
tão depressa sem deixar rebentos
Deixando
apenas amor, dor, mágoas, e sofrimentos
Como vestígio
de uma existência que o próprio tempo apagou,
Como replica
incontestável de uma vida que se evidenciou,
Onde se vive
apenas na desilusão e na dor da saudade,
Onde
incessantemente se corre atrás da dita dona felicidade,
Que se é que
ela realmente existe, jamais alguém um dia a encontrou.
O tempo cruza
tão depressa como um furor de vento
Como um bando
de pássaros migrantes em movimento,
Como um
corisco que correu no espaço riscando o universo,
Ou uma vaga
ilusão que viajou pelos confins sem colher sucesso,
Cruzando por
oceanos, vales, marcos, gerações
De onde
talvez se busque inspiração para muitas canções,
Queimando o
encanto da poesia pelo calor do próprio verso.
Talvez ainda
o eco do tempo se espalhe pelas distancias,
A conduzir
silencio ou a produzir sons em mágicas ressonâncias,
Na razão de
se poder viver e ver o tempo passar
Que o planeta
terra existe não se pode questionar
Buscando razões,
verdades, mentiras ou critérios.
Mas o
mistério do tempo é mais um grande mistério
Que só ele
mesmo nosso poderoso Deus a nós pode explicar.
Miguel Arnildo Gomes
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