domingo, 11 de agosto de 2013

O Tempo


O tempo cruza tão depressa sem deixar rebentos
Deixando apenas amor, dor, mágoas, e sofrimentos
Como vestígio de uma existência que o próprio tempo apagou,
Como replica incontestável de uma vida que se evidenciou,
Onde se vive apenas na desilusão e na dor da saudade,
Onde incessantemente se corre atrás da dita dona felicidade,
Que se é que ela realmente existe, jamais alguém um dia a encontrou.

O tempo cruza tão depressa como um furor de vento
Como um bando de pássaros migrantes em movimento,
Como um corisco que correu no espaço riscando o universo,
Ou uma vaga ilusão que viajou pelos confins sem colher sucesso,
Cruzando por oceanos, vales, marcos, gerações
De onde talvez se busque inspiração para muitas canções,
Queimando o encanto da poesia pelo calor do próprio verso.

Talvez ainda o eco do tempo se espalhe pelas distancias,
A conduzir silencio ou a produzir sons em mágicas ressonâncias,
Na razão de se poder viver e ver o tempo passar
Que o planeta terra existe não se pode questionar
Buscando razões, verdades, mentiras ou critérios.
Mas o mistério do tempo é mais um grande mistério
Que só ele mesmo nosso poderoso Deus a nós pode explicar.

Miguel Arnildo Gomes


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