sábado, 11 de maio de 2013

Poesia Vôo de Andorinhas


VÔO DE ANDORINHAS - MIGUEL ARNILDO GOMES

Andorinhas voam em bando,
perdida há uma só.
Habituam-se a dizer,
que sozinha não faz verão.
Um só vôo de andorinha
é a réplica da solidão.
Somente o vôo coletivo
alucinante e altivo
sintetiza integração.
Entre montes e horizontes,
da morte buscando vida,
perdida voa uma só.

Muitas asas se agitam,
no anseio de ser feliz.
Junto à torre da matriz,
ou sobre o teto dos galpões.
Num lenitivo de emoções,
num caracol que se estiliza,
neste adorno que simboliza,
a analogia da paz,
a beleza mais primaz.
Talvez busque-se o infinito
no vigor sereno e bonito
para um rimance de mil canções.

Ao findar a primavera,
saudando outra estação
surgem em arribação
quebrando a monotonia
A formar a sinfonia
no painel desta versão.
Na magia da ilusão
que consegue ser mais linda,
nesta beleza infinda
são milhares de andorinhas,
porque uma voando sozinha
nunca, nunca faz verão.

Um comentário:

  1. linda poesia! se me deres a honra de publica-lano meu blog ficarei feliz.
    poesia é pra que ama

    link:

    poesiaepraquemama.blogspot.com.br

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